Dicas

Os segredos da Apple que você precisa saber antes de fazer seu site.

Um guia compreensivo sobre os princípios e conceitos usados pela Apple que formam a base de UX Design, independente de novas tendências, esses princípios são a base de uma boa experiência do usuário, seja qual for a plataforma.

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João Aquino
UI Designer, Webflow Design & Desenvolvimento
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4 MIN

Introdução

Seja você: alguém que precisa de um site ou landing para sua empresa, um Web designer, programador ou qualquer outra pessoa envolvida com páginas online, esse post é para você.

UX Design é um dos, senão, o mais importante fator a ser considerado quando o assunto é conversão, e se sua página ou site tem esse intuito e não te entrega resultado, isso pode estar acontecendo simplesmente porque seu site não foi projetado com a experiência do seu cliente em mente.

Mas sem mais delongas vamos direto ao ponto.

O que é UX (user experience) ou, experiência do usuário?

A experiência do usuário é tudo aquilo que envolve a maneira como o usuário usa e interage com o site, como ele navega pelas páginas, como interage com banners, botões, etc. E quando esse usuário toma uma decisão pelo seu produto ou serviço, isso é classificado como uma conversão. E isso se traduz de diferentes maneiras, dependendo de como é feito o fechamento quando há interesse por parte de um usuário.

Dito isso, precisamos falar de objetividade, e esse é o nosso primeiro ponto.

Objetividade

“Uma fonte desnecessária de dúvida na cabeça das pessoas são links e botões que não são obviamente clicáveis. Como um usuário, eu não deveria gastar nem um milissegundo deliberando se coisas são clicáveis ou não.” 
Krug, Steve. Não me faça pensar, 2014

Steve Krug é um renomado UX Designer, consultor de usabilidade da Apple antes mesmo da internet ter imagens até a época de lançamento do, revolucionário, iPad e ele levanta um excelente ponto aqui usando um exemplo muito simples: se eu gasto tempo pensando se essa palavra é um link ou se esse botão é mesmo um botão, eu deixo de ter uma experiência fluida na página. Mas isso é só um exemplo para ilustrar um importantíssimo pilar de UX Design, objetividade.

O trabalho de um UX Designer é de remover toda e qualquer dúvida desnecessária na cabeça do usuário, para que ele possa focar na informação necessária que vai levar esse cliente em potencial a tomar uma decisão. E esse princípio se aplica a muito mais do que elementos visuais. Textos desnecessários ou que não são objetivos o suficiente, geram dúvidas e aumentam a carga de trabalho do cérebro, e isso pode parecer pouco, mas essas dúvidas se acumulam e seres humanos não precisam de muito para, simplesmente, desistir de finalizar a tarefa que nos propusemos a fazer, seja: comprar um tênis, marcar uma consulta ou procurar uma casa para alugar, uma experiência objetiva e fluida aumenta significativamente a chance de um possível cliente fechar negócio.

“Fazer as páginas do site óbvias é como ter boa iluminação em uma loja, faz tudo parecer melhor.” 
Krug, Steve. Não me faça pensar, 2014

Acessibilidade

Esse ponto é curto, mas não deixa de ser extremamente importante.
Existem diversas ferramentas para medir o desempenho de sites e páginas, e nelas a acessibilidade não parece ser um fator que melhora diretamente o tráfego ou desempenho, mas isso não diminui sua importância. 

Um argumento que não é comumente usado a favor da acessibilidade é que: fazer seu site acessível para todo tipo de público é simplesmente a coisa certa a se fazer, e esse argumento pode não ser suficiente para alguns, mas a verdade é que acessibilidade ajuda a melhorar a vida das pessoas, e a internet é para todos.

Quantas oportunidades temos de melhorar dramaticamente a vida das pessoas simplesmente fazendo o nosso trabalho um pouco melhor?

Usabilidade

“Usabilidade é sobre pessoas e como elas entendem e usam coisas, não sobre tecnologia.” 
Krug, Steve. Não me faça pensar, 2014

Designers muitas vezes permitem que o entusiasmo tome conta, e novas ferramentas, funcionalidades e animações acabam tomando o lugar da usabilidade simples e efetiva sem nem mesmo perceber. E a intenção é sempre a melhor possível quando isso acontece, afinal um site bonito é atraente e convincente. Por mais que isso seja em parte verdade, na prática, se um usuário enfrenta um problema de usabilidade, que seja grande o suficiente para deixá-lo confuso ao tentar realizar uma tarefa, é muito provável que a linha de pensamento seja: “pensando bem, eu não preciso desse produto/serviço.”

Mas como identificar um problema de usabilidade?

Testando!

Testes de usabilidade não são novidade, e com o passar dos anos ficou cada vez mais prático e barato de conduzir esse tipo de teste. E apesar de o teste em si poder ser conduzido em diferentes meios, os princípios se mantêm os mesmos.

Existem 3 elementos que compõe um teste de usabilidade:

Facilitador

  • O que administra e aplica o teste, seja pessoalmente ou online, humano ou digital, sempre haverá um facilitador

Tarefas

  • Um conjunto de tarefas determinadas de acordo com os objetivos e necessidades reais de um possível cliente e usuário do site em questão, para que o design possa ser testado sem viés nenhum de quem desenvolveu o site.

Recrutamento

  • O usuário ideal para realizar o teste é um cliente que consome ou já consumiu os produtos e serviços da empresa, mas ter alguém que não é um cliente, mas se encaixa no perfil de um cliente não compromete os resultados.

Os testes podem ser feitos com 3 ou 4 usuários e são geralmente gravados, os usuários devem sempre pensar em voz alta, explicando a linha de pensamento e as tarefas que estão realizando, para que seja mais fácil identificar os possíveis problemas de usabilidade. 

Assistindo ao teste posteriormente, analise os dados coletados, e crie uma lista de prioridades dos problemas!

Acredite, seu site SEMPRE terá problemas de usabilidade, assim como qualquer outro, então, por mais tentador que seja resolver logo de cara os problemas menores e de soluções mais simples, deixe eles de lado a princípio e identifique quais são os maiores problemas que impediram os usuários de realizar as tarefas que foram designadas.

Conclusão

Testes simples e diretos são a solução para problemas complexos e gigantescos, um bom UX design pode te salvar de um redesign trabalhoso, caro e que não tem garantia nenhuma de que te poupar dos mesmo problemas de sua versão anterior.

“Quanto mais você analisa cuidadosamente o que os usuários articulam e suas intenções, mais você percebe que suas reações individuais a sites e páginas são baseadas em tantas variáveis, que tentar descrever as experiências dos usuários em termos unidimensionais se torna fútil e inútil. Bom design, em contrapartida, leva toda essa complexidade em consideração.” 
Krug, Steve. Não me faça pensar, 2014

Não se importar o suficiente com os usuários pode acabar com a confiança dele no site e na empresa por trás dele. Mas a boa notícia é que o contrário também é verdadeiro.

Essa foi uma dica prática para que você se diferencie dos outros players no mercado, eleve o valor do seu serviço fazendo com que seus clientes tenham uma experiência inesquecível, no melhor sentido da palavra.

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